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"A minha maior preocupação é não inovar à toa"

Casa de banho bruta e casa de banho "fitness". Para Regino da Cruz, há hoje dois tipos de abordagem perfeitamente distintos mas, numa conjuntura em que o custo de construção “é flagrante”, design e conforto são factores que “ajustam o produto à realidade de custo”, num ambiente que se quer, sempre, funcional. A maior preocupação do arquitecto do Estoril “é não inovar à toa”, garantindo que tudo aquilo que sai para o mercado com a assinatura da REGINO CRUZ - Arquitectos e Consultores sobreviva no tempo, do ponto de vista estético

Os espaços de banho são hoje tão importantes como qualquer outra divisão da casa, aliando funcionalidade a bem-estar. Como é que vê a evolução da arquitectura destes espaços?

Julgo que os espaços com estas características adquiriram um peso indiscutivelmente crescente, em termos de custos de construção, se analisarmos a realidade dos últimos vinte anos.

Eu diria que numa moradia, seja numa casa ou num apartamento, podemos identificar facilmente três tipos de espaços: a cozinha, que é indubitavelmente o mais caro por metro quadrado, os espaços de banho, que surgem logo a seguir, e as restantes divisões, que são aquelas que pesam menos, embora tenham mais metros quadrados. Se analisarmos a evolução dos espaços de banho na nossa civilização, verificamos que, nos últimos cinquenta anos, estes tomaram uma presença no nosso dia-a-dia que não tinham anteriormente, e que neste últimos vinte anos, essa presença cresceu de forma ainda mais significativa.

E é preciso notar que na História da humanidade, o chamado mundo ocidental (ou mundo europeu), é aquele que menos higiene apresenta ao longo dos séculos. Historicamente, os índios nas Américas são populações extraordinariamente asseadas e o mundo oriental também é bastante asseado. Mas o asseio dos "incultos" e "bárbaros" europeus ao longo dos últimos mil e quinhentos anos sempre deixou muito a desejar, pelo que vamos aprendendo nos livros de História.

Na transição do século XIX para o século XX, e muito especificamente nas sociedades europeias, onde o povo começa a ter alguns direitos (o primeiro dos quais, sobreviver), constata-se que a higiene é um ponto básico e que até é económico. Esta viragem visou justamente defender o direito à vida, evitando que as pessoas morressem de doenças passíveis de serem prevenidas através de cuidados higiénicos. Facilmente se concluiu que, no que respeita ao quotidiano das famílias, o fundamental é a higiene do ambiente onde pernoitam e se reúnem nas horas de descanso. Já no século passado, constata-se um incremento na importância dos espaços onde a higiene é mais necessária, nomeadamente nas cozinhas e casas de banho.

Analisando esta pequena viagem pelas décadas, agora com o foco em Portugal, concluímos que mesmo na primeira metade do século XX, a casa de banho ainda é um elemento perfeitamente acessório e exclusivamente funcional. Nessa altura, este espaço destina-se meramente a uma função de higiene e ninguém pensa nele numa perspectiva de bem estar.

Porém, com a presença crescente que o modernismo da arquitectura ganha e, muito especificamente, com o incremento da sensibilidade do design, já nos anos sessenta e setenta - visível, por exemplo, na qualificação de determinados desenhos de grandes designers estrangeiros - a casa de banho começa a ganhar uma presença assinalável dentro dos nossos ambientes do dia-a-dia, com que nem se sonhava nas décadas anteriores.

Na sequência dessa evolução, hoje valoriza-se mais a funcionalidade ou as questões estéticas e de bem-estar?

Depende de quanto se quer pagar, como sempre. Considero que actualmente existem dois tipos de abordagem perfeitamente distintos: a da casa de banho bruta e a da casa de banho "fitness", envolvente.

De momento, estamos numa fase em que o custo das infra-estruturas começa a ser sonante. Por outro lado, há menos dinheiro no mundo e o custo de construção é flagrante. Neste contexto ou em qualquer outro, a higiene é absolutamente essencial, porquanto é hoje um dado adquirido, em termos evolutivos face a toda a envolvente histórica que mencionei.

As características de um ambiente funcional no espaço de banho são algo de que a humanidade já não abre mão. A não ser que venham aí novamente as dark ages, como alguns profetas do apocalipse apregoam, mas presumo que não... antes de mais, a casa de banho tem de dar resposta às necessidades básicas.

Mas hoje existe uma preferência por outros elementos, como a luz natural, o design ou o conforto. Que elementos são para si imprescindíveis nestes espaços?

Ora bem, design e conforto são factores que, de uma forma muito pragmática, visam ajustar o produto à realidade de custo a que ele se destina. Temos um exemplo flagrante, que é o do mercado automóvel: se existissem só BMWs ou só Bentleys suponho que se venderiam incomparavelmente menos automóveis do que os que se vendem hoje em dia. Mas a verdade é que há um produto destinado a cada segmento de necessidades.

E nos espaços de banho, o processo será semelhante? Acredito que sim. Presentemente, é muito importante entendermos que, primeiro, estes têm de responder perfeitamente em termos funcionais; segundo, as questões relacionadas com o conforto surgem apenas depois de resolvidas as questões de funcionalidade e as exigências com o mesmo variam em função da disponibilidade financeira que se tem. Neste contexto, penso que o mercado de produtos sanitários, onde a Sanitana se insere, tem que se saber ajustar às actuais contingências.

Finalmente, importa sublinhar que ao longo das duas últimas décadas o factor design começou a ser extraordinariamente exigível. Hoje mesmo os produtos mais económicos têm de ser atraentes aos olhos do consumidor. É exactamente dentro deste enquadramento que surge, quanto a mim, a evolução que uma grande marca como a Sanitana, sem grandes contornos, demonstra: tem produtos de alta gama mas oferece também uma gama mais económica, onde existe sempre a preocupação do design.

Existe uma procura por elementos cada vez mais sofisticados, incluindo nas peças sanitárias?

Não só há essa procura, como tem de existir sempre, como alternativa. É evidente que uma coisa é a oferta para um grande volume de casas, para uma classe média, outra é um volume limitado de casas, para uma classe mais elevada.

Qual é a peça sanitária a que os seus clientes dão mais importância?

Dão importância a todas sem excepção, claro. Não tenho a menor dúvida que a peça a que se der menos importância em termos de produção, de design, será aquela a que o cliente vai dar mais importância. É uma regra básica, a corrente quebra sempre pelo elo mais fraco.

Logo, não podemos ter quebras de importância: quer se trate de um lavatório, de um conjunto de lavatórios, da sanita, do bidé, das boxs de chuveiro, das banheiras ou do jacuzzi, todas as peças têm de ser extraordinariamente desenvolvidas em termos técnicos, de conforto e de design. A peça que estiver a destoar é a que será realçada.

Nos seus projectos escolhe marcas de peças sanitárias específicas ou procura pela tipologia certa para cada obra?

De uma forma coerente com o que já mencionei, temos de partir de um de dois factores essenciais: ou estamos numa casa de banho bruta ou numa casa de banho "fitness".

Essencialmente, no primeiro caso estamos a gerir metros quadrados, de um espaço fechado que se quer funcional. Como é natural, escolhemos peças relativamente pequenas que têm conforto, mas por vezes estamos a 'jogar' centímetros e esse conforto tem de se ajustar perfeitamente ao mercado, em termos de preço. Estou, obviamente, a falar de aquisições de um número sempre elevado de peças, por exemplo para um conjunto de cem apartamentos ou para um centro de congressos com cem cubículos sanitários; portanto, trata-se de uma margem muito repetida e com grandes quantidades.

Numa casa de banho "fitness" – que hoje em dia está muitas vezes integrada num grande quarto ou num hotel de qualidade -, o factor preço torna-se secundário e o design até ao conjunto final já tem de ser muito mais pensado em particular, de uma forma adequada. Tudo é mais personalizado.

Numa última observação, não posso deixar de mencionar que nestes espaços “fitness” há uma diferença no produto que nós, arquitectos, concebamos. Num hotel, onde há uma certa repetição, uma despersonalização da nossa capacidade de especificar o produto para o utilizador final, posso dizer: gosto muito deste produto, vamos colocar este lavatório ou esta banheira. Já numa casa de banho "fitness" instalada numa moradia, como uma mansão, é o consumidor final que manda e, portanto, apesar de eu gostar imenso de uma peça, devo respeitar a sua escolha.

E nesse processo que papel têm os construtores? É verdade que sentem que têm sempre uma palavra a dizer sobre as ideias dos arquitectos, por exemplo na escolha das peças sanitárias?

Sim, claro, e no ideal isso é normal e salutar. Os portugueses gostam muito de emitir opiniões, quer percebam ou não do que estão a falar. Eu prefiro mil vezes que me digam o que pensam do que me omitam uma opinião (por estarem perante o arquitecto) e depois a comentem numa altura menos própria. De um ponto de vista perfeitamente objectivo, qualquer opinião tem, à partida, cinquenta por cento de hipóteses de estar correcta ou de estar errada.

Os construtores são profissionais que estão no mercado, o que pode dar um input impecável, e isso já tem acontecido. Os arquitectos não são nem podem ser os donos da verdade. Somos meramente peças no meio de uma engrenagem que tem um único fito: transformar um sonho, um determinado conceito muito etéreo que está no início do caminho, em algo real que existe para ser utilizado pelos seres humanos. É essa a função do arquitecto, ser uma peça no meio da engrenagem. Se os inputs que o construtor der numa discussão aberta forem validos, ainda bem que ele os deu.

Que materiais utiliza, preferencialmente, nos espaços de banho?

Essa pergunta é muito interessante no sentido em que, em termos de enquadramento, somos obrigados a fazer algo muito gasto hoje em dia, que é inovar. Em qualquer discurso actual ouvimos cinco vezes a palavra inovação; trata-se de um jogo de palavras antiquado e o exagero com que é utilizado é ridículo. Assumindo esta caricatura, julgo que é interessante pensar que a minha maior preocupação é não inovar à toa, isto é, garantir que tudo aquilo que sai deste gabinete com a nossa assinatura sobreviva, do ponto de vista estético, ao longo de bastante tempo.

Em segundo lugar, mas exactamente com a mesma importância, a manutenção futura de um projecto tem de implicar conforto para aqueles que o estão a pagar. Jamais, até hoje, um projecto com a assinatura da REGINO CRUZ apresentou materiais perecíveis a curto prazo, com a ansiedade de aparecerem como grandes novidades. Não acho isso justo.

Hoje em dia existem muitos materiais indiscutivelmente interessantes mas que não têm ainda o recuo de tempo necessário para garantir que possam sobreviver a um desgaste relativamente intenso que existe nas casas de banho, com determinados detergentes, por exemplo. É como, num negócio de produção de Vinho do Porto, adoptar rolhas de PVC, incomparavelmente mais baratas, em detrimento das de cortiça, sem ter testado devidamente a sua durabilidade. A questão que se coloca é saber por quanto tempo o novo material conserva o produto nas mesmas condições. Ao nível de materiais para casas de banho não há a menor dúvida que, em termos de abrasão e de corrosão, os detergentes e as superfícies de limpeza (panos, etc.) utilizados na manutenção diária destes espaços têm uma capacidade de desestabilização que, ao longo das décadas, causam transtornos.

Outra preocupação que temos na nossa empresa é que os projectos de arquitectura não passem de moda, como sucede facilmente com um espaço de banho com paredes pintadas de rosa ou de amarelo. Esses casos são óptimos para as marcas como a Sanitana, porque os clientes cansam-se facilmente desse tipo de cores e acabam por querer uma nova casa de banho! Na REGINO CRUZ optamos por uma postura mais serena e permanente, ao longo do tempo.

Para lá dos materiais de base, que estilos privilegia (minimalista, depurado, looks futuristas) e como encara a mistura de tendências?

A nossa postura sempre foi de algum minimalismo, embora não extremo. Na medida do possível, incluímos nos ambientes uma pincelada de cor, para mostrar que estamos vivos, mas sem grandes pretensões em termos da criação de atmosferas demasiado intensos. Nesse processo há lugar para a mistura de tendências, mas essencialmente nos elementos que são mais facilmente substituíveis (para brilhar em termos do aparato bastam umas toalhas ou uns sabonetes vermelhos) ou, tratando-se de um design único, instalando peças extraordinariamente pessoais, como o lavatório, a sanita e a banheira em vermelho, se for essa a preferência do cliente. No dia-a-dia somos mais sóbrios.

Considera que as principais marcas que actuam hoje no mercado nacional acompanham as novas tendências dos consumidores, como ter um mini-spa no espaço de banho?

Acho que sim, até demais. Hoje existe uma variedade extraordinária de produtos e, no que se refere aos consumidores especiais, não tenhamos a menor dúvida de que estes estão perfeitamente despreparados, isto é, utilizam apenas uma parte das funcionalidades disponíveis, um pouco como costuma suceder com os telemóveis. Se o cliente conhecer metade dos comandos de uma banheira com jacuzzi fabulosa, isso já é extraordinário. Estamos numa sociedade de consumo onde nos é oferecido muito mais do que aquilo que podemos consumir.

Tem pedidos para transformar os espaços de banho em espaços quase de convívio, por exemplo, com duas opções de chuveiro?

Sim, mas trata-se de uma franja muito limitada e explico porquê: partindo de uma ponderação de carácter sociológico bastante interessante, verifica-se que desde há quinze anos estamos em baixa em termos de rendimentos pessoais, isto depois de termos vivido, entre os anos noventa e o ano 2000 aquela onda dos yuppies, feita de uma classe muito jovem que ganhava muito dinheiro.

A partir da viragem do milénio, mesmo no estrangeiro o endividamento financeiro de pessoas entre os trinta e os cinquenta anos começou a ser mais espartilhado. Esta questão é curiosa na medida em que nos confronta com as diferenças de mentalidade, entre os adultos jovens e os mais idosos. É indiscutível que, à medida que vamos abandonando a juventude e entrando no amadurecimento compulsório que é a velhice, os nossos tabus são muito mais arreigados. A utilização que um jovem de trinta anos tem de uma casa de banho "fitness", extraordinariamente aberta - por exemplo, tomando banho no quarto ao mesmo tempo que a companheira está na cama a descansar ou a ver televisão - é muito diferente da que lhe dará um indivíduo com setenta anos. Nesta idade os pudores são mais recatados e as pessoas podem não se sentir bem com tais circunstâncias.

No curso da nossa actividade já tivemos algures este problema... veja-se um caso: para alguns status defendemos as banheiras incorporadas no espaço de estar e no quarto do hotel, não enclausuradas; mas já tivemos de criar alternativas estéticas que permitissem um barramento opcional, de modo a conseguirmos essa oclusão, quando é conveniente.

Portanto, a nossa criatividade tem de se ajustar muito aos utilizadores, e essa geração de jovens da classe média alta com dinheiro para ser arrojada neste momento é bastante reduzida.

A parte financeira pesa bastante e espaços com duas opções de chuveiro, como referiu, implicam um incremento de metros quadrados, o que para ser gerido em termos de custos finais de construção requer a existência de um espaço aberto. É a única alternativa e é o que nós temos feito.

Neste momento estamos a trabalhar em alguns projectos em que o cliente, para ter mais espaço na casa de banho, prescinde de ter um jacuzzi, ou troca um chuveiro por uma placa tropical em que este é um túnel constituído por um corredor transparente de um metro e meio por quatro metros, em vidro. O chuveiro torna-se quase um compartimento onde a visibilidade para o exterior e as áreas amplas são essenciais. Estas opções dependem de uma negociação dos metros quadrados disponíveis, ajustada com precisão devido ao enquadramento no custo final do habitáculo.

Considera que os mecanismos utilizados nos espaços de banho cumprem as crescentes preocupações ambientais através de tecnologias de poupança energética e de água?

No que se refere a peças sanitárias, presumo que o processo de fabrico e os materiais utilizados têm evoluído, em termos de sustentabilidade. Como, aliás, as preocupações ambientais e ergonómicas. Os catálogos estão certificados ao nível de critérios de sustentabilidade, mas para além disso tem de haver uma pesquisa constante a vários níveis.

Acredita que a quebra na construção originada pela retracção no mercado está a aumentar a tendência para a remodelação de espaços existentes?

Bem, os projectos que nós desenvolvemos são construções de raiz, não estão muito vocacionados para remodelações, pelo menos por enquanto. Porém a minha sensibilidade diz-me que a tendência para alterar os espaços tem de acontecer e está a acontecer.

Hoje não há, como há dez anos atrás, muito dinheiro para novas aquisições. Logo, as necessidades de mudança dos clientes, seja por questões de bem-estar, de assunção de negócio ou porque precisam de um face lifting na sua casa ou hotel, encontram uma resposta alternativa na remodelação dos espaços. Ao alterá-los tentamos naturalmente rejuvenescê-los, em termos de estilo e dos materiais utilizados, obtendo um new look.

É uma área por onde poderemos enveredar no futuro, até porque acredito que este mercado cada vez mais se vai desenvolver.

Dos projectos que já concebeu, que casa de banho elegeria por ter sido um desafio ou uma realização profissional?

Esse é um exercício que não faço, porque seria extremamente indelicado perante os meus clientes, que poderiam entender mal o esforço que colocamos em cada projecto.

O que considero muito importante, como já referi, é termos o talento e a humildade suficientes para ajustar com precisão a nossa criatividade à necessidade do produto que nos foi solicitado. E isto é valido tanto para uma casa de banho bruta como para uma "fitness". De repente, a primeira pode estar muito mais bem conseguida, mesmo numa área de quatro metros quadrados.

O que importa verdadeiramente é a capacidade dos arquitectos, auxiliados naturalmente por aquela cadeia de valor que há pouco mencionei, para executarem o produto exactamente à medida. Esse é o maior desafio ao transformar o sonho do cliente em realidade.

É fundamental ajustar os custos a uma estética enquadrada às necessidades e que, ao longo do tempo, funcione bem, perdure no gosto das pessoas. Nos anos setenta tivemos inúmeros exemplos da enorme frustração que é a paixão que não se transforma em amor. Repare-se: eu adoro um determinado design, de tal forma que me identifico com ele, quero-o, há um sentido de posse humano, concretizo-o; mas com o passar do tempo vou sentindo que este fica ultrapassado. Acaba-se a paixão sem se transformar em amor, e depois é necessário ter dinheiro para mandar aquilo tudo abaixo e construir de novo. E até lá tenho de conviver no dia-a-dia com aquela presença que me é imposta pela minha antiga paixão, mas que agora me enfada. Ora, é exactamente evitando o que eu acabei de descrever que tentamos desenvolver a nossa actuação.

Como encara o espaço de banho do futuro?

Assumindo as tipologias de casa de banho bruta e casa de banho "fitness", diria que, para qualquer uma delas, existem duas componentes: a técnica e a estética.

A técnica é cada vez mais constante no nosso quotidiano, ao nível do que se passa por detrás das peças, como a capacidade de recuperar as águas cinzentas de uma casa de banho, a possibilidade da iluminação artificial ser eficiente (gastando-se menos energia com lâmpadas mais duradouras) ou a capacidade da ventilação ser conseguida com poupança energética. Todas estas preocupações estão relacionadas com a eficácia ao longo do tempo, tanto numa casa de banho bruta como numa "fitness".

Paralelamente, a questão da estética confronta-se com os custos de construção. Trata-se de algo que é facilmente empreendido como uma mais-valia, no sentido em que traz a possibilidade de dotar aquele espaço de iluminação e ventilação natural, por exemplo.

Logicamente que se for necessário escolher ter luz natural apenas em algumas divisões da casa, a casa de banho não será uma delas e ficará localizada no miolo do volume existente para esse projecto arquitectónico. A parte estética está muito relacionada com os ditos metros quadrados da construção de que o arquitecto dispõe para envolver no ambiente sanitário.

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